Por acaso o universo virtual não é real? Por acaso não se sonha também na vida fora da caixinha? Sites, blogs, redes sociais? Hoje é fato, as pessoas passam a maior parte do dia em frente ao computador, adentrando em universos paralelos, conhecendo e dividindo emoções com pessoas as quais, dificilmente, teriam acesso pelas vias usuais.
Além da tênue linha que divide o mundo real desse universo virtual, existe um eu de carne e osso que sonha os sonhos apresentados pelos chamados amigos virtuais. Seriam esses amigos frutos da imaginação ou eles realmente existem, na forma como se apresentam, e orbitam no mesmo planeta em que vivemos?
Quanto desse mundo é realmente mais atraente do que a vida simples e poética que envolvia pessoas e trazia a carícia das estrelas e luares de antigas melodias? Se um mundo não impossibilita o outro, é possível que exista em cada ser uma fagulha de luz e esperança.
Pedir trégua e se permitir o refresco da brisa e o aconchego da natureza é, talvez, o melhor aperitivo para uma vida agitada e sobrecarregada. Não se entregar a práticas insanas e tampouco a malabarismos astronômicos é um bom caminho. Resgatar o eu e acreditar no próprio potencial doando-se, na medida do possível, é a escolha mais segura e saudável.
Desfrutar a riqueza desse universo paralelo e usufruir dos prazeres da carne e da boa convivência com amigos, amores, parentes e das pessoas que passam por nós a pé, bicicleta e lotação, amando tudo que há de bom em existir é a melhor receita. Viver, simplesmente, viver é que dá verdadeiro significado à vida.